segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Cronologia da história do RS 1732/1761

1732 – Entrega da primeira sesmaria no caminho das tropas, para o tropeiro Manoel Gonçalves Ribeiro, localizada junto ao rio Tramandaí. No ano de 1734 já havia 34 fazendas de criação de gado e mulas entre o rio Tramandaí e o canal do Rio Grande. Inicia o ciclo dos tropeiros quando Cristóvão Pereira de Abreu abriu o “Caminho de Viamão”, que começava onde hoje é Santo Antônio da Patrulha e cruzava os Campos de Cima da Serra, saindo do Estado por Bom Jesus e seguindo para Lages (SC), Mafra (SC), Lapa (PR), Ponta Grossa (PR), Castro (PR) e Sorocaba (SP). No mesmo ano foi distribuída a primeira sesmaria no Rio Grande, junto ao rio Tramandaí.
1734 – O Governador de Buenos Aires ataca a Colônia de Sacramento. Os portugueses, resistem por dois anos, até a chegada do Brigadeiro José da Silva Paes que faz recuar os castelhanos.
1737 – A 19 de fevereiro, a frota do Brigadeiro Silva Paes entra no canal de São Pedro, que liga a Laguna dos Patos ao Oceano Atlântico e constrói o Forte Jesus-Maria-José. Essa foi a primeira ocupação definitiva dos portugueses no território gaúcho. Neste mesmo ano é criado, em Rio Grande, o Corpo de Dragões, sob o comando do coronel Diogo Cardoso Osório.
1747 – A 17 de julho, fundada a vila de São Pedro do Rio Grande, junto ao forte construído por Silva Paes. No mesmo ano, a 7 de novembro, foi criada a Freguesia do Porto de Viamão, origem de Porto Alegre.
1750 – A 13 de janeiro, assinado o Tratado de Madrid, entre Portugal e Espanha. Esse tratado previa a troca da Colônia do Sacramento pelos Sete Povos das Missões. Começam a chegar os casais açorianos. Entre 1750 e 1754 chegaram quase 600 casais, totalizando 2278 pessoas.
1750 – Sorocaba, em São Paulo começa a promover a feira que vende mulas, cavalos e gado. Os animais abasteciam as minas e os canaviais do Sudeste do Brasil.
1752 – Início da demarcação da fronteira entre as terras portuguesas e espanholas na pampa gaúcha.
1754 – Os indígenas das Missões resistem à ordem de transmutação para a Colônia do Sacramento. O comandante português Gomes Freire marcha sobre as Missões, dando início à Guerra Guaranítica.
1756 – A 7 de fevereiro é morto o líder guarani Sepé Tiarayu, junto à Sanga da Bica, atualmente em área urbana de São Gabriel, por tropas portuguesas e espanholas. Três dias mais tarde trava-se a Batalha do Caiboaté. Neste episódio o exército guarani foi massacrado.
1761 – O Tratado de El Pardo anulou o Tratado de Madri. 

Extraído da Obra
Manuela do Tradicionalismo
Manoelito Carlos Savaris
Postado por Rogério Bastos às 13:20

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Nota de Falecimento: Cyra Dutra Ferreira

Nos deixou neste dia a pioneira das mulheres no tradicionalismo gaucho: Cyra Dutra Ferreira, esposa do saudoso Cyro Dutra Ferreira, que faleceu em agosto de 2005. Tia Cira, como era carinhosamente chamada pelas crianças e pelos jovens, quando sempre estava a dispoisição para palestras, foi homenageada com o troféu Mulher Farroupilha do Governo do estado do Rio Grande do Sul.

Com seu esposo, Cyro Ferreira, teve três filhos: Hélio, Caio e Isabel. O tradicionalismo gaucho está mais uma vez de luto.  A Confederação Brasileira da Tradição Gaucha, em nome de sua diretoria e federações associadas se solidarizam com a familia, neste momento de dor.

O Rio Grande chora a perda de um nome pioneiro em sua recente história. Nosssas condolências e pêsames aos familiares.
Postado por Rogério Bastos às 10:26

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Cronologia da história do RS 1635/1715

1635 – Saiu de São Paulo a bandeira chefiada por Raposo Tavares, que iniciou um processo acelerado de destruição das reduções rio-grandenses.
1637 – Foi a vez da bandeira chefiada por Fernão Dias Paes atacar as reduções.
1640 – O bandeirante Jerônimo Pedroso de Barros ataca as reduções e apreende grande quantidade de indígenas.
1641 – trava-se a primeira batalha em território gaúcho, entre bandeirantes e indígenas. A batalha do M’Bororé ocorreu na margens do rio Uruguai. Depois deste episódio, os jesuítas se retiraram do Rio Grande.
Entre 1641 e 1682 o território somente foi palmilhado por aventureiros e caçadores de gado que, solto, se reproduziu enormemente, formando a Vacaria do Mar. Os próprios índios, especialmente os do grupo pampeano, dedicaram-se à caça do gado chimarrão, do qual retiravam o couro para venda nas margens do rio da Prata.
1680 – Os portugueses, por Dom Manuel Lobo, construíram a Colônia do Santíssimo Sacramento, em frente à cidade de Buenos Aires, na margem esquerda do rio da Prata. Ainda em 1680 a fortaleza do Sacramento sofreu o primeiro ataque. Os índios missioneiros, liderados pelo General Antonio da Vera Mujica, que defendia os interesses espanhóis tomaram aquela povoação.
1681 – O Tratado Provisional (Tratado de Lisboa) restituiu a Colônia aos portugueses que a reergueram em 1883. A fortaleza foi reconstruída por Duarte Teixeira Chaves.
1682 – Retornam os padres jesuítas com o fim de fundar os Sete Povos das Missões. A primeira a ser construída foi a de São Francisco de Borja, pelo Pe. Francisco Garcia.
1687 – Os jesuítas constroem as Missões de São Nicolau, São Luiz Gonzaga e São Miguel Arcanjo (as ruínas desta Missão é reconhecida como Patrimônio da Humanidade, desde 1983).
1688 – Os portugueses fundam Laguna. Entre essa localidade e a Colônia do Sacramento iniciam as atividades tropeiras em função da Vacaria do Mar localizada no entremeio.
1690 – Surge a Missão de São Lourenço Mártir.
1697 – O Pe. Antonio Sepp funda a Missão de São João Batista. Os jesuítas escondem parte do gado chimarrão nos Campos de Cima da Serra, formando a Vacaria dos Pinhais.
1706 – A última Missão foi a de Santo Ângelo Custódio.
1704 – A Espanha declara guerra a Portugal e determina que seja atacada a fortaleza de Sacramento. Depois de cinco meses os portugueses abandonaram a Colônia.
         1715 – Pelo tratado de Utrech a Colônia do Sacramento volta ao domínio de Portugal.


Extraído do Livro
Manual do Tradicionalismo
Manoelito Carlos Savaris
Postado por Rogério Bastos às 09:31

Portaria da Presidência da CBTG 02/2012

Postado por Rogério Bastos às 09:27

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Presidente da CBTG no Uruguai

Em viagem pelo exterior, o Presidente da CBTG, Manoelito Carlos Savaris,  enviou os pricipais destaques de sua viagem ao Uruguai:

1.       Reunião com a Diretora de Turismo (Mariela Zubizarreta Menna)  e um integrante da Sociedade Tradicionalista de Colonia del Sacramento (Nelson Chiazzaro) para tratar do possível acendimento da Chama Crioula em 2015 naquela cidade. A recepção foi ótima e prosseguiremos nas tratativas, incluindo a Secretaria de Turismo do Rio Grande do Sul e de Porto Alegre (Colonia e Porto Alegre integram o grupo UTT de Mercocidades e a Rota Tchê, que incluem também Montevidéu e Maldonado. – dia 7 de fevereiro.

2.   Lançamento da Fiesta de La Patria Gaucha, de Taquarembó, no Parlamento Uruguaio, onde mantivemos vários contatos a respeito da Tradição Gaucha no Uruguai e da questão da CITG. Lá nos encontramos com o pesquisador e folclorista Uruguai Nieto e com a Cecilia Assunção de Barreto, filha de Fernando Assunção. Ali mesmo programamos uma reunião a ser realizada no dia 9 de março, em Taquarembó, para a qual serão convidados também os argentinos, especialmente o Presidente da Federação Argentina da Tradição Gaucha, Juan Caballero. – dia 8 de fevereiro;
3. Visita à Sociedade La Criolla, Elias Regulles, em Montevidéu, primeira sociedade do gênero nas Américas, fundada em maio de 1894. Fomos recebidos pela diretoria (12 pessoas) inclusive pelo Presidente Manuel Rodriguez Marshieri. Eles estarão presentes, também em Taquarembó no dia 9 de março.

As fotos são do lançamento no parlamento e do encontro na Sociedade Elias Regulles.
Postado por Rogério Bastos às 05:11

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Cronologia da História do RS

A partir da chegada dos padres jesuítas espanhóis, vindos da banda ocidental do rio Uruguai, inicia uma nova história para o Rio Grande do Sul. Antes desse momento há registros de contatos realizados por europeus na costa do território, sem que tivesse havido penetração no território. O período que antecede a chegada dos jesuítas pode ser considerada uma faze de Pré-história.

A primeira fase jesuítica – das reduções – se estende de 1626 a 1641.

1626 – Chega o Pe. Roque Gonzales de Santa Cruz que funda a primeira redução, São Nicolau, na margem esquerda do rio Uruguai, junto ao rio Piratini. No mesmo ano é fundada a redução de São Francisco Xavier.
1627 – Surge a redução de Candelária do Caaçapá, entre os rios Piratini e Ijuí.
1628 – Nesse ano fundam-se duas reduções: Nossa Senhora da Assunção às margens do rio Ijuí Grande e Todos os Santos que praticamente não chegou a ser construída.
1631 – Outras duas reduções: São Carlos do Capi, ao norte da atual cidade de Santo Ângelo e Apóstolos São Pedro e São Paulo, perto de São Carlos do Capi.

1632 – Mais quatro reduções: São Tomé, às margens do rio Jacuizinho; São Miguel, na margem direita do rio Ibicuí; São José, próxima a São Miguel; e Santa Teresa, no local onde esta localizada a cidade de Passo Fundo.

1633 – Surgem outras quatro reduções: Santa Ana, às margens do rio Jacuí; São Joaquim, na serra do Botucaraí; Natividade de Nossa Senhora, entre as vertentes dos rios Ivaí e Jacuí; Jesus-Maria, na margem direita do rio Pardo.
1634 – As últimas duas reduções: São Cosme e São Damião, na margem direita do rio Ibicuí; São Cristóvão, no lugar onde se localiza a cidade de Santa Cruz do Sul.

A redução dos indígenas criou a necessidade de provimento alimentar a fim de que pudesse haver a fixação em locais específicos. Os jesuítas implantaram novas técnicas de produção agrícola e introduziram o gado.

1634 – O padre Cristobal de Mendoza y Orellana (Cristóvão de Mendonça), acompanhado do Padre Pedro Romero, traz para o Rio Grande o gado (Franqueiro), distribuindo vacas e touros entre as reduções. Formaram-se as primeiras estâncias
Extraido do Livro
Manual do Tradicionalismo
Manoelito Savaris
Postado por Rogério Bastos às 07:35

Datas Importantes de Fevereiro

1773 - Em 12 de fevereiro de 1761 é anulado o Tratado de Madrid e todas as convenções decorrentes do mesmo. O governador de Buenos Aires, D. João José Vertiz y Salcedo, em 1773, tenta retomar a ofensiva castelhana para expulsar os portugueses da Província de São Pedro do Sul.

Assim, marcha até os Cerros de Bagé e manda construir o Forte de Santa Tecla para servir de marco definitivo da posse dos espanhóis naquelas terras, sob seu poder, já dez anos antes
1630 – Investida de ocupação holandesa no Brasil (11/02/1630)
1917 – Marca a data da morte de Osvaldo Cruz (11/02/1917)
Postado por Rogério Bastos às 07:21

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

O Fogo de Chão

As longas e frias noites de inverno, nas primitivas tribos indígenas, levaram os nativos a descobrir o fogo de chão. Próximos de suas ocas construíam locais onde as famílias «uniam-se ao redor do fogo, alimentado pela tradicional lenha de angico. Um pai-de-fogo, guarda-fogo ou tição-mestre garantia a sobrevivência da fagulha calorosa, que aquecia o gelo das noites grandes. As brasas encandecentes eram um verdadeiro convite para o doce aconchego, quando o frio parecia congelar o ideal, a vida e o próprio tempo.


Ao redor do fogo de chão os homens contavam às crianças, suas aventuras do dia-a-dia. As mulheres falavam dos episódios acontecidos nos momentos solitários, enquanto os homens caçaram ou guerreavam. Eram passadas em revistas as mais belas lendas nativas. Mboitatá, Jarau, Angueras, etc. Sangrentas revoluções, entre nativos e colonizado rés. Lutas de posses e as maravílhas escaramuças conhecidas com a chegada do cavalo, figura máscula da coragem e predestinação.

As crianças disputavam as bijouterias trazidas pelos estrangeiros. Os adultos contavam suas mágoas e alegrias. Ninguém interrompia quem detinha a palavra, a não ser para um aparte ou pergunta. As lidas campeiras passaram a ser a temática central, enquanto o chimarrão corria de mão-em-mão. Era a seiva energética dessa convivência em comunhão.
O fogo de chão aquecia o sentimento nativo do mestiço, projetando-se no ideal campeiro do gaúcho. Ao seu aconchego desfilou a história dos primeiros passos da formação de nosso pago. O cavalo, o gado, as domas, as tropeadas, as carreteadas, os aramados, as marcações, etc. As carreiras de cancha reta, cujos cavalos, figuras centrais daquele mundo ermo, levavam em suas patas, os desvairados sonhos de enriquecer, no desfilar de alguns minutos. As estórias de carreteadas de muitos meses, vencendo serranias impressionantes e outras, cujas missões ficaram sepultadas nos terríveis despenhadeiros.

Os mais nativos usos e costumes foram aquecidos pelo fogo de chão, transmitidos de gerações a gerações, germinando o núcleo de nosso Folclore Gaúcho. Com o fogo de chão surgiu a charla. Os adultos retiravam-se, rodeavam as brasas entrincheiradas sob guarda-fogos, para as cnversações. Eram bate-papos sem solenidades ou formalismos, em forma de relatos ou troca de opiniões. Nas charlas é que foram tomadas as grandes decisões históricas de nossa terra.

Determinado momento, sob o calor do fogo, a concentração só era quebrada pelo ronco do mate-amargo. Nas chaleiras e nas cuias de porongo concentravam-se as atenções da espera do próximo chimarrão.
Nas charlas, como nas rodas de chimarrão, reinava a oportunidade equitativa entre peões e patrões. Todos esperavam che¬gar a sua vez para chupar a bomba de um chimarrão, assim co mo tinham o livre arbítrio para opinar sobre os assuntos em pauta.
Com a tradição do fogo de chão é que surgiram os galpões crioulos. Cobertos de capim, barreados, de pau-a-pique, táboas ou costaneiras, chão batido, os galpões de estâncias foram as sementeiras do Tradicionalismo.
No galpão, uma convivência efervescente, a cada noite, sob charla e fogo de chão, o tradicionalismo foi alicerçando seus parâmetros.

Para o gaúcho o galpão é uma instituição onde convivem supostos associados, compostos pelo pessoal da estância e seus visitantes. Muitas peças de nosso folclore nasceram dentro dos galpões. Cada galpão abriga um vasto património campeiro. São as utilizadas na vida campesina. Foi nos galpões que surgiu pura do posteiro, agregado da estância, encarregado de zelar pelos bens da propriedade.
ABC do Tradicionalismo
Salvador Lamberty
Postado por Rogério Bastos às 04:37
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